quarta-feira, 9 de setembro de 2015
Desabafo!
00:12
| Publicada por
Unknown
|
Agora,
nesse meu momento de silêncio, não faço ideia do que sinto. Muito menos do que
quero sentir daqui pra frente. Talvez eu só queira ser ingénua ao
ponto de ter poucas escolhas de vida, e assim, viver ali, sem receio do
que perdi, ou, sem
me sentir culpado por não ter feito ou vivido o que alguns dizem que todos
devem viver ou fazer…
Às vezes, em busca
do meu óculos no criado-mudo ao lado da minha cama, penso como ainda quero
desbravar o mundo sozinha, viajar de vidro aberto – ou de capota aberta se o
dinheiro me permitir –, em busca de sorrisos vistosos e beijos de alma
esperançosa. Quero ser do mundo, sem medo do porvir, sem receio dos dizeres dos
outros, sem me prender ao que todos definem como certo a se fazer…
Às vezes, quando deitada
conversando com o teto que, toda noite, insiste em me tirar o sono, me vejo
cheio de filhos, todos correndo pelo jardim de casa com uma alegria que até
hoje pouco vi. Me imagino cozinhando para o amor da minha vida, amando um homem
que chamarei de meu, só meu, sendo eternos namorados e me apaixonando cada vez
mais pela vida serena que escolhi.
Desse meu jeito
impossível de querer abraçar o mundo, assumo meus medos. Medo de um dia
mergulhar na solidão e ficar apenas só, ou de viver ao lado de um amanhã
incerto. Medo de viver ao lado de um amanhã previsível. Medo da vida realmente
ser só isso. Ou da vida ser tudo isso e muito mais que talvez eu nunca irei
descobrir.
Entre a dúvida e o
sopro, caminho pelos caminhos da vida, mas com um medo filho-da-puta de ficar
sozinha. Me deixo viver, me permito ao inédito, mas aguardo, em segredo, a
esperança de viver um amor justo a dois, uma vida cheia de encantos e
bem-dizeres.
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Eu sou assim
Duas mulheres dentro de mim…
Às vezes três
Quatro... cinco... seis...
Talvez seja uma por mês.
Diversifico-me
Existe momentos em que dou um grito
Existe outros em que vivo um conflito
Apresento ao mundo a minha dor
Em outros momentos, só consigo falar de amor
A mais romântica
Melodramática
Imóvel
Chorosa ou nervosa
Carente ou decadente
Vingativa ou inconsequente
É nestes momentos em que eu não me apercebo
E transformo-me numa mulher cheia de medo
Cheia de reservas
Coberta de subtilezas
Séria e sem defesas
No minuto seguinte
No papel de mulher fatal
Transformo-me logo na tal
E nesses momentos sou a dona do mundo
Segura e destemida
Presunçosa e atrevida.
Rasgo todos os meus segredos ao meio
E exponho-me num letreiro
De poesia ou texto
Assalto, incendeio...
Conto o que ninguém tem coragem de contar
Explico detalhes que nem é bom me lembrar
Sou assim
Várias de mim
Sorrisos por fora
Angústias a toda hora
Por dentro um tormento
No rosto nem um único sofrimento
No corpo uma explosão de prazer
Nos olhos, deixo o meu desejo se perceber
O melhor é ninguém me conhecer
Fiquem apenas com as minhas letras
Com as minhas palavras
Na vida real sou muito mais complicada
Sou uma em mil
E quem tentou, descobriu
Que viver ao meu lado
É viver dentro de um campo minado
Que vai explodir em qualquer momento
Mas quem esteve nele
Nunca mais quis fugir
E ainda hoje cá se encontra.
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